sexta-feira, junho 15, 2007

Afinal...

Ainda não consegui dominar esta sensibilidade que nos arrasta a projectar nas palavras dos outros a nossa própria realidade presente.
Mas... Obrigada.
Às vezes ( muitas vezes...) ajuda a por cá fora o que não conseguimos sequer explicar a nós mesmos...
"Era eu a convencer-te de que gostas de mim,
Tu a convenceres-te de que não é bem assim.
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.

Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar p'ra esconder a saudade,
E eu a esconder-me do que não se dizia.

Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.

Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na cor que trazias.

Afinal...
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxares-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.

Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.

Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo,
Porque quebramos como crianças.

Afinal...

Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois...

É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora."

(Toranja)

1 comentário:

Anónimo disse...

Só msm tu p postares a minha musika!!!
Dix tudo, n é? ;)